domingo, 26 de julho de 2009


Ausência

Bebi... sim...
de gole em gole,
refrescou-se o silêncio
com a balbúrdiada tua sofisticada
ausência.
Enveredou-sepela trilha estreita,
Gritando,voluptuosidade
ao inverno
e ao sol que gela.
Pouco a pouco,
reviram-se papéis
sobre a mesana hora do jantar.
Palavras sobrevoam
a fome latente.
Parece bonito,
mas quase arde.
Lentamente,
sedas se arrastam
pelo chãoda tua ausência.
Assim como meu corpo,
cravado em dúvidas,
no sofá,
retrata nosso momento fatal.
Não me traga
um rosto
quase pálido
de vida.
Traga-me
o perfume
engarrafado
no teu sorriso.
Assim
a ausência passa
e com ela
o grande perigo.
Perder...

(Carla Dias)

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